25 janeiro de 2014
Sentada na mureta
Ela a contemplava
Tinha 22 anos e ainda sonhava acordada
Quando sua contemplação aproximou-se
e pediu para beijá-la, ela, com um sorriso no rosto,
Sentiu a brisa do vento,
O calor desconhecido
E a fumaça do cigarro
Da qual ela sempre sentirá ciúmes.
Sempre achei que poesia fosse uma espécie de texto-poema pela metade. Coisa que não necessita de meias-voltas e explicações. Ela termina no meio já dado como fim. E te arrebenta. Por ser tão violenta como uma tempestade, que chega sem avisar e passa levando tudo, deixando apenas os estragos para que você possa lembrar que a força não está no tempo, mas na intensidade com que passa.
terça-feira, 10 de junho de 2014
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Qual o risco que corro fazendo isso? Talvez muitos. Ou nenhum. Eu mesma não sei. Fico confusa, aliás, eu quase nunca estou certa dos meus deveres. Compreendo meus sentimentos. O que já me satisfaz. Não por completa. Porque sou muito exigente.
Isso me deixa nervosa, até ansiosa. O que sou por natureza. Sinto-me provocada a fazer isso. Uma provocação um tanto sedutora. Que me envolve, me pega pelacintura e me prende pelas pernas.
Ainda não sei se está certo. E desconfio que meus riscos sejam grandes. Mas estou presa pelas pernas. E agora vejo: há uma luz no fim do túnel, não uma luz branca incandescente, mas um azul brilhante. Sei que conheço esse azul.
Agora percebo. Meus riscos são grandes. Tenho medo do azul no fim do túnel. Imagino que seja o mar: não posso nadar. Poderá ser o céu: não consigo voar. Não gostaria que estivesse no fim. Mas já estou seduzida.
Seduzida. Envolvida pela cintura e presa pelas pernas. Já não me preocupa minhas incapacidades de nadar ou voar. Vou me jogar. Morrerei afogada nesse mar. E, de tão leve, flutuarei nesse céu.
Sinto. Esse azul tem vida. Resta saber se ele vive
Em mim, ou no fim
aonde não quero chegar.
15/12/2013
Isso me deixa nervosa, até ansiosa. O que sou por natureza. Sinto-me provocada a fazer isso. Uma provocação um tanto sedutora. Que me envolve, me pega pelacintura e me prende pelas pernas.
Ainda não sei se está certo. E desconfio que meus riscos sejam grandes. Mas estou presa pelas pernas. E agora vejo: há uma luz no fim do túnel, não uma luz branca incandescente, mas um azul brilhante. Sei que conheço esse azul.
Agora percebo. Meus riscos são grandes. Tenho medo do azul no fim do túnel. Imagino que seja o mar: não posso nadar. Poderá ser o céu: não consigo voar. Não gostaria que estivesse no fim. Mas já estou seduzida.
Seduzida. Envolvida pela cintura e presa pelas pernas. Já não me preocupa minhas incapacidades de nadar ou voar. Vou me jogar. Morrerei afogada nesse mar. E, de tão leve, flutuarei nesse céu.
Sinto. Esse azul tem vida. Resta saber se ele vive
Em mim, ou no fim
aonde não quero chegar.
15/12/2013
Quando nasci um anjo preguiçoso
desses que não fazem nada
disse: Vai, Mirelly! ser prosa na vida.
Até aceitei vir a esta vida,
mas de tão teimosa e pirracenta
disse: Vou! se for pra ser poesia.
Na poesia ardo, queimo
relampejo, sou tempestiva e
calmaria.
- Se não for prosa, não vai.
Pois bem, vim prosa. E assim fiquei sendo
metade prosa
o resto poesia.
desses que não fazem nada
disse: Vai, Mirelly! ser prosa na vida.
Até aceitei vir a esta vida,
mas de tão teimosa e pirracenta
disse: Vou! se for pra ser poesia.
Na poesia ardo, queimo
relampejo, sou tempestiva e
calmaria.
- Se não for prosa, não vai.
Pois bem, vim prosa. E assim fiquei sendo
metade prosa
o resto poesia.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
A maneira como me encarava
disfarçadamente
E o jeito disfarçado
quando me olhava
de canto
ainda me lembro dos seus olhos me fitando.
disfarçadamente
E o jeito disfarçado
quando me olhava
de canto
ainda me lembro dos seus olhos me fitando.
Agosto. Muito vento.
vem paixão sobe calor
passa você e o seu amor.
Setembro. Ainda me lembro
os ipês seu apê
a orquídea roxa.
despetalou-me.
vem paixão sobe calor
passa você e o seu amor.
Setembro. Ainda me lembro
os ipês seu apê
a orquídea roxa.
despetalou-me.
domingo, 10 de novembro de 2013
Acho que agora entendo a paixão de Bentinho pelos olhos de Capitu.
Quando olho em seus olhos é como se as ondas me envolvessem e me levassem para dentro do mar. E depois, na ressaca, cuspi-me para fora.
Seus olhos é o mar que me afoga.
Quando olho em seus olhos é como se as ondas me envolvessem e me levassem para dentro do mar. E depois, na ressaca, cuspi-me para fora.
Seus olhos é o mar que me afoga.
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