sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Até que eu queria escrever algo gracioso agora. Pensei, pensei, pensei... Busquei ideias em alguns livros. Tentei achar algo que pudesse descrever por si o que eu quero descrever de mim – o que acontecem muito. Mas... Bom é claro que encontrei, porque sabia exatamente onde encontrar então a busca até que não foi tão difícil. Da Ana: “Aqui troco de mão e começo a ordenar o caos”. Do Paulo: “não cometo um erro apenas uma vez/ cometo logo cinco seis [...]”. Do João (clássica): “Viver é uma aventura muito perigosa”.

E não é que é?

Sei lá porque a Ana resolveu trocar de mão para por ordem no caos. Eu troco porque que é para ver se com a canhota tenho mais habilidade. A destra já tá gasta demais, a razão tá falhando muito. Concordo com o Paulo, camarada, porque quem é que nunca cometeu o mesmo erro e depois ficou se lamentando que poderia ter feito diferente? E quem é que nunca se arrependeu de alguma coisa que não fez com medo de não dar certo? Agora o João é sábio. Não há aventura mais perigosa nesse mundo que a vida. Quer montanha russa melhor que os altos e baixos das nossas vidas? Difícil, hein?!

O problema muitas vezes é que quando chegamos ao alto, no pique da montanha, não conseguimos manter a estabilidade por muito tempo. É aí que despencamos. Mas não caímos, não. É só para “botar” adrenalina no coração. Às vezes a descida vai quase ao chão, e é super veloz. Outras vezes ela só desce um pouco para dar impulso na subida. A diferença é que na montanha de verdade conseguimos ver cada subida e descida, cada curva que ela vai fazer. Na vida, não. A gente dá um passo achando que será firme o terreno e quando vemos já despencamos. 

É como o João diz: “a vida esquenta daí esfria, aperta daí afrouxa, sossega e desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.” Coragem para arriscar e coragem para aguentar as consequências. Mas uma coisa que eu digo: não adianta olhar para trás e se arrepender. O que está no passado tem seus motivos para estar lá.

Então, ao invés de trocar de mão, vou trocar os passos para andar nesse caos perigoso da minha vida. Errando, errando muito para ver se um dia acerto ou para esse erro aprender de vez que quem sabe dele sou.

E se julgar pela minha idade, terei que concordar com meu amigo Paulo mais uma vez: “Quando eu tiver setenta anos/ então vai acabar esta adolescência [...] Então ver tudo em sã consciência/ quando acabar esta adolescência.”

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