quinta-feira, 28 de abril de 2011

Só uma dose


Uma menina diferente, ou tão igual. Uma menina irreal, indiferente, super-real.
Amar é um risco, é correr perigo. Sentir dúvidas. Ter todas as respostas na palma da mão, na ponta da língua. Só agir com o coração, sem nenhuma razão.

Posso não ser o tipo de garota que te agrade. Posso não fazer todos os seus gostos. Posso não fazer o seu gosto. Posso não ser perfeita (eu sei que não sou). Posso não ser nada do que você imaginou. Posso não ser a menininha meiga que atrai ao primeiro olhar. Posso não ser sociável com a sociedade fútil que me cerca, com a sociedade hipócrita que só reclama e não faz nada para melhorar.

Posso ser taxada de antipática, antissocial, depressiva, sonhadora, moleca, infantil... E posso ser tudo isso também, se eu que quiser ser. 

Eu posso ser mais que tudo isso.

Posso ser sua.

Por que você me ignora assim? Você finge não ver. Finge que não estou aqui. Mas estou. Infelizmente, estou. E não queria estar. Queria estar ao seu lado. Pois esse é meu lugar. Eu sei que é.

Oque faço com esse meu coração, surrado, cansado de bater?

Você não sabe?! Só uma medição, sem prescrição... Só preciso de uma dose, uma dose de você.

Se você fosse uma bebida eu repetiria a dose, se você fosse uma droga entraria em overdose. Você é meu vício sem fim. (Legião Urbana)

terça-feira, 26 de abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Reminiscência

Um momento, vária recordações. Fecho os olhos e posso ver. Quando os abro, lembro-me. Nem tudo. Mas, nem tão pouco.

re.mi.nis.cên.cia: o que se conserva na memória, recordação; lembrança vaga.
Passado nem tão distante, que a cada dia se distancia mais e mais e mais... Não posso voltar, mesmo que eu queria, o tempo, que nos envolve tanto, não permite.

O que ele quer de mim? Sequência.

O que eu tenho dele? Saudade.
 
Às vezes, ouço as pessoas dizerem: "Fulano parou no tempo." Há varias interpretações para este termo. Mas, eu, quando criança, achava que "parar no tempo" seria nunca envelhecer. Como eu queria parar no tempo. No tempo da minha infância: brincar na rua, banho de chuva, correr na enxurrada, pisar na lama... Fazer tudo isso, sem vergonha. As férias sempre na casa da avó, comer bolo, sorvete, doces, sem ter que me preocupar com a 'balança', bolinhos de chuva em dias chuvosos, ouvir histórias de lobisomem em noite de lua cheia. Correr pela casa derrubando tudo. Que delícia. Ficar horas e horas em baixo do chuveiro brincando com xampu e quando sair ouvir a mãe dizer: ''todo esse tempo no banheiro e você ainda me sai todo sujo?''

Melhor tempo de nossas vidas. Onde tudo é bom. Tudo é novidade. Só festa, fantasia, imaginação. Um mundo colorido, sem maldade. A vida com cheiro de inocência. Pureza.

Como seria bom não envelhecer. Mas, como não envelhecer? (Só se existisse a fonte da juventude.)
Criança é anjo na Terra. Só não podemos deixar esses anjos se transformarem em monstros. E futuro delas depende de nós.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Diariamente,


Para Todas as Coisas, 


Há sempre respostas e soluções... Dentro de você! 

Então, que seja assim

Para um caminho:
Estrada.    
                                                               
Para uma estrada:
Destino.

Para o destino:
Acaso.

Para o acaso:    
Sorte.    

Para sorte:                                                                   
Aposta.

Para aposta:
Escolha.

Para escolha:                                                            
Opção.      

Para opção:
Quantidade.

Para quantidade:
Qualidade.

Para qualidade:                                                       
Separação.

Para separação:
Abandono.


Para o abandono...
                               Eu sinto muito.
                                                             Mas tenho  que ir.



quarta-feira, 20 de abril de 2011

Distante de Mim

Pensamentos que não se encontram
Confusão que não me deixar achar
Eu vivo assim: perdida no mundo
Distante de mim.

Quando fecho os olhos
Encontro o melhor dos mundos.
Quando abro
Escuridão sem fim.

Se ao menos soubesse
Para onde partir, que rumo seguir
Talvez não vive assim
Tão distante de mim.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Informalidade

Fugi de mim.

Fugi do Padrão formal que vivia.

Passei a viver o incerto.

Onde cada dia é uma surpresa.

Um outro conhecimento.

E o reconhecimento do formal

Na minha vida informal

Sem regras, sem limites, sem pouso planejado.


Um pouso inseguro, cheio de segurança.


Segurança de saber que posso levantar voo novamente


E seguir incerta

Na certeza de que serei Feliz.

Talvez eu não tenha fugido de mim.

Mas fugido para mim.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sem Querer-Querendo

Um dia sem que esperasse
Assim: do nada. Nada-tudo
Tudo relativo, tudo destinado
Mas sem que eu esperasse
Muito menos imaginasse
De repente aconteceu
E foi assim.
E aconteceu...
Fiquei perdida, fiquei confusa
Absolutamente feliz!
E nem sei porquê.
E nem sei como.
Só sei que foi assim.
E aconteceu...
Sem que eu esperasse
Muito menos imaginasse
E de repente: aconteceu!
Me encontrei, te encontrei
Me apaixonei!
E nem sei porquê.
E nem sei como.
Só sei que foi assim
E aconteceu
Eu e você
Sem que eu esperasse
Muito menos imaginasse
Você e eu.






sexta-feira, 15 de abril de 2011

Não é mesmo, Amor?



Quando a gente ama, ama-se por completo.
Até mesmo os defeitos são perfeitos.
Parece que eles combinam tão bem com os meus.
Você não acha, Amor?





quarta-feira, 13 de abril de 2011

Deve ter sido o tempo

É tão bom escrever memórias. Não é mesmo?! Ah... eu adoro. E é bem mais fácil quando não se tem uma imainação muito fértil. Basta relatar o pasado, o vivido. Algumas mentirinhas caem bem em certos momentos. Mas, se começar a mentir demais, cuidado! A mentira fertiliza a mente. Eu que o diga.


Hoje eu posso afirmar que uma pessoa pode viver de mentiras. Comece a acreditar que sua mentira é uma verdade, pra ver só. Se for um bom metiroso vai tempo pra descobrirem sua farsa. É, porque um dia a cas cai. Aí, eu quero ver o que vai fazer.


Nessa encruzilhada, que, provavelmente, irá encontrar, haverá doisa caminhos. Conserta sua mentira com outras mentiras ou, caso se arrependa, tente contar a verdade. Se escolher o primeiro caminho tem que se preparar para a próxima. Como diz aquele ditado: "mentira tem perna curta". Eu nao recomendo, mas, se na ocasião cair bem outra mentira, minta. Mas, se por acaso, seja qual acaso for, se arrepender,  diga verdade. Claro que será muito difícil alguém acreditar em você. Porque, não sei se sabe, mas, confiança é como espelho quebrado, mesmo depois de colado as rachaduras continuam visíveis.


Mesmo assim, é o melhor caminho. Com um tempo, juntos, podem comprar outro espelho e colocar no lugar daquele. Assim poderão se olhar no espelho e não mais ver as rachaduras.


Se minha imaginação fosse mais fértil, hoje poderia afirmar que o tempo foi quem consertou meu espelho.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Ovo Frito

Uma vez, achei uma galinha na churrasqueira da minha casa, chocando. E como meu prato predileto era arroz com ovo frito... Acha que deixei a galinha chocar os ovos? Nananinanão! Catei todos e levei para dentro. Depois fiquei tratando da minha galinha que botava ovos para o almoço. Em especial, o meu almoço. E todo dia, quando chegava da escola, eu ia ao ninho da galinha, catava meu ovo e levava para minha mãe fritar, para eu comer arroz com ovo frito. Todo dia. Havia dias em que eu ficava esperando a galinha botar o ovinho, para eu poder pegar, levar para minha mãe fritar, para eu almoçar.
Certo dia, a galinha, que me dava pão de cada dia, resolveu ir embora.
Chorei, chorei muito. Não podia a deixa ir. Quem ia me dar ovos para o almoço todos os dias?  Minha mãe explicou que a galinha precisava chocar, queria ter filhotinhos e que ela compraria ovos para mim no mercado. Concordei e deixei a galinha seguir seu destino.
No outro dia, quando cheguei da escola, já sem minha galinha, pedi para minha mãe o prato principal: Arroz e ovo frito.  Sabe o que ela me disse? NÃO! Hoje não tem ovo frito nessa casa, Mirelly! Todo dia, ovo frito, ovo frito, ovo frito. Você não enjoa disso?  A gente tem comer outras coisas, Mirelly. Não só ovo, ovo, ovo...”  Fez aquele discurso (e o principal, mentiu para mim).
Mas eu queria ovo frito.
Armei o maior berreiro. Chorei, esperneie, gritei. Fiz o que pude. E minha mãe se manteve firme com sua palavra. “NÃO! Hoje não tem ovo frito nessa casa, Mirelly!” Foi quando tive a brilhante ideia de esperar meu pai chegar para ele fritar o ovo para eu poder almoçar. Quanta ingenuidade. Claro que ele ficaria do lado da patroa. 
Meu pai chegou.
Fui correndo a seu encontro, com o ovo na mão, chorando, reclamando e explicando o que havia acontecido com a galinha, e que minha mãe não havia comprado os ovos como prometido (mas restava um). Pedi, encarecidamente, que fritasse o ovo para eu poder almoçar. E o que ele disse? "NÃO! Sua mãe disse não, então é não!".
Mas eu queria ovo frito.
Chorei, chorei mais ainda do havia chorado antes dele chegar. Chorava e repetia inconsolavelmente: “Ninguém em ama nessa casa. Ninguém gosta de mim. Eu só queria um ovo frito no almoço, mas nem isso, nem isso podem fazer por mim. EU VOU MORAR COM A MINHA VÓOOOOOOOOOOOOOOOOO. Porque a minha vó me ama. Vocês não me amam”.
Meu pai, todo carinhoso, me chamou na cozinha e fez a seguinte pergunta: "Você quer ovo frito, filha?".  Sem nem pensar, fui logo dizendo que sim. Sentei a mesa, com um sorriso que não me cabia.
Comi o ovo frito.
Meu pai repetiu a pergunta: "Você quer ovo frito?"  Agora, não tão amoroso como da primeira vez. Comi mais um ovo. E ele tornava a perguntar: Você quer ovo frito?  E de novo: Você quer ovo frito? Eu não tinha tempo de responder. A cada vez que repetia a pergunta era um ovo que ele punha no meu prato. Eu fui comendo, comendo, comendo... até acabarem todos os ovos da cartela que ele havia comprado "especialmente” para o meu almoço.
 Bom, hoje eu moro com minha avó e não como mais ovo frito.


Uma 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Algum Lugar Bonito

Caminhando eu fui
Sem saber para onde
Passos curtos,
passos longos.
Descompassada...
Sem saber aonde chegar,
Andei.
Fui longe, bem perto do nada.
E quando encontrei
Vi tudo.
Tudo o que os meus olhos
Jamais haviam visto
Em lugares tão perto
Distante de onde estava
O caminho de volta
Não quero saber.
Tudo o que quero
Está aqui
Que despercebidamente
E de propósito
Encontrei.
E não quero mais desencontrar.
Fico aqui
Sem saber exatamente
Onde é aqui.
Mas é onde quero estar.




sábado, 9 de abril de 2011

Monologando

Estava aqui em um conflito interno desgastante. Não sabia se encaminhava um e-mail ou não, ou, não encaminhava ou encaminhava.
É porque estou de mal com você. De mal mesmo. E quando digo 'mesmo' estou falando sério. Não é brincadeira.
Mas, por outro lado eu queria falar com você. Porque eu gosto, eu me sinto bem ou sentia bem. Já nem sei mais. Faz tanto tempo. Na verdade, verdadeira, não faz tanto tempo assim que , de fato, eu falei com você. Faz tempo que VOCÊ não conversa comigo. Essa é a diferença. Se é que me entende!?
Outro motivo desse conflito era a saudade que estava de escrever. Mas, não somente escrever e engavetar. Escrever para alguém, alguém que eu sei que vai ler, alguém que se importa com o que eu vou escrever. Daí outro conflito: Será que você se importa? Será que eu deveria mesmo escrever? Eu quero, mas, não quero. Há tanto tempo que eu não sentia essa insegurança em falar com você. Não sei o que posso, o que não posso, o que devo ou o que não devo dizer. Talvez eu não devesse encaminhar este e-mail. É isso que vou fazer, não vou encaminhar, mas vou postar no blog.


(Eu falo sozinha, e daí?)

Metamorfoseando


Em constante transformação eu me encontro. Sou pura metamorfose. Mas, se ao menos soubesse, assim como sei que uma horrível lagarta no fim será uma linda borboleta. Sim, se eu soubesse no que irei terminar. Talvez eu nunca termine. Talvez eu siga metamorfoseando até a morte. E depois alguém diga quem fui, ou, o que fui. 
Mas, eu mesma, nunca saberei. 



E quer saber? Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante. Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo ♪

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Adolescência

Uma adolescente em crise de existência, de abstinência, de solidão, em confusão. Em conflito com seu ego, seu autoestima, sua confiança, sem liderança. Sofrendo por amor, sem amor, sem sexo. Fechado no seu mundinho monótono e pacato. Desligada, desorientada, desiludida, arrependida, amargurada, enlouquecida, apaixonada, extravagnate, irreponsável. Procurando seu caminho, seu destino. Escrevendo sua história. Sem roteiro, sem direção, sem erro.

Inconstante, impetuosa.
Sem saber aonde ir, o que fazer, como fazer. Querendo tudo. Descobrindo um mundo. Mundo irreal, imaginário. Onde nuvéns é algodão doce e rios é chocolate, onde não há prisões nem maldade.

Quisesse Deus, que fosse real este mundo.


Quisesse eu, que Deus fosse real nesse mundo de maldade, de prisões, de injustiça que vivemos.

Ele crê, Tu crês, eu não creio. Contraditória, essa sou eu.
Levo uma vida vagabunda, mas leve.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

É pra lá que eu vou

A partir de hoje, vou juntar dinheiro pra comprar um terreno em Marte. Quero ficar longe da insanidade humana. De insano nesta vida já basta meus pensamentos.
A partir de hoje, vou apostar nos números da loteria. Mas, apostarei para ganhar. Para ganhar. Para ter dinheiro para comprar meu terreno em Marte e me distanciar cada vez mais da insanidade humana, que influencia meus puros e singelos pensamentos.
A partir de hoje, quero morar em meus pensamentos e não mais em Marte. Neles eu sei que posso ir aonde quiser. Até mesmo em Marte, com ou sem arte. Posso inventar outros planetas. Posso tudo. E não devo nada. Lá, não pagarei impostos por ser vivo, por ser morto, por ser gente.
Deixarei de viver na Terra. Não quero mais ir a Marte. Quero agora viver em mim. Deixarei de ser Humano, para ser Eu. E acho que isso basta nesta vida: sermos quem somos e não o que querem que sejamos.


Do Mais Afim

Nem mais
Nem menos
A mais
A menos


Ameno.


Sentindo
Sentido
Sinto
Senso


Rumo.


Correndo
Corrido
Corro
Aflito


Paro.


Acabando
Acabado
Acabo
Acabou


Fim.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Qual será o meu destino?

Às vezes, fico pensando se estou no caminho certo, se estou realmente fazendo o que gosto, às vezes, acho que sim, outras acho que não. Porque, por mais que pareça não é uma coisa fácil. Pelo menos não para mim.

 Adolescente tem disso mesmo, sempre querendo saber o que vai ser, o que gosta de fazer, querendo decidir o futuro(como se fosse possível). Talvez se fosse fazer o que realmente gosta não faria nada.

Eu gosto do que faço, em geral. Mas, há tantas outras que eu gostaria de experimentar, talvez só para ter o gostinho de saber se sou capaz. Não sei vocês, mas eu adoro um desafio. E depois de realizado, pronto, não quero mais saber. Parto pra outra. E assim vou indo, sem saber, exato, ''o que realmente gosto de fazer''. Por que passar a vida toda fazendo somente uma coisa, se há tantas outras?

Sinceramente: eu não sei.


Nesse pequeno espaço de vida vivido já sonhei em ser de veterinária a astronauta, isso entrando a fundo em todas as áreas. Veterinária, dentista, psicóloga, sexóloga, engenheira, cientistas, mecânica, jogadora de futsal, vôlei, arqueóloga, turista, fotógrafa, geógrafa, historiadora, apresentadora de tv, atriz, artista plástica, cantora (sem a menor chance ou incentivo), escritora, música, mochileira (influência do Enersto Guevara, um sonho vivo ainda) e por fim professora (é, eu quero ser professora). Foi difícil chegar aqui e mesmo assim, tem horas que bate aquela dúvida. Talvez ainda não econtrei meu caminho.

Uma vez, escrevi a uma amiga que levava jeito mesmo para ser boêmia (não a cerveja, mas a vida boêmia). E acho que é realmente disso que eu gosto: da boêmia. Levar uma vida vagabunda, sem destino, sem rumo. Viver intensamente. Carpe Diem. Sem medo nenhum de ser feliz, de sofrer, de me arrepender. Não sei o que ela achou disso tudo. Certo ou errado, já não me importa mais e talvez nunca tenha importado.

Mas eu tenho fé. Sei que um dia irei encontrar 'meu destino'. Enquanto isso não acontece... Vamos tomar umas ali?


terça-feira, 5 de abril de 2011

Um jeito de viver

Eu vivo assim: não me importa o certo, nem o errado.


Costumo olhar para o céu, tento enxergar as estrelas, contemplar o luar. Gosto de um pôr-do-sol na montanha, na praia, no campo, na cidade. O cheiro da manhã, da chuva, cheiro de terra molhada, o cheiro do orvalho.


Gosto de brigadeiro na panela, de calda de chocolate, sorvete no pote, macarrão sem tempero, só com amor. Gosto de pizza no café da manhã e café na janta. É incomparável o cheiro do café da minha amiga,  do almoço da minha mãe, o gosto da comida da minha avó.Me faz bem andar descalça, ficar de pijama em casa, dormir de meias (eu sei que é brega e antigo, tá?!), caminhar na chuva, assistir a filmes em tardes chuvosas.


Não gosto de chás.


Hoje eu brinco que sou criança, porque quando era criança brincava de ser gente grande.


Eu leio, eu escrevo, eu ouço. Gosto mais de ouvir, leio para distrair, escrevo para desiludir ou, quem sabe, iludir. Tenho preguiça. Tenho vontades. Faço o que me der vontade. Não faço nada sem pensar duas vezes. Tenho manias. Tenho medo. Sou mais corajosa que heroína de romance policial. Brigo, xingo, grito. Me arrependo, me desculpo, reflito.


Ouço música do tempo do meu avô. Gosto de filmes nacionais e odeio dublagem.


Sinto saudade. Sei que sentem saudades de mim. Sinto a falta dele. Eu nunca amei.
Um dia vou amar, e também quero ser amada. Do amor tenho mais medo. Ele é traiçoeiro, é inseguro. Deve ser tão gostoso.


A vida: viver! A vida é isso, Amigo, passado, presente, futuro. Futuro? Incerto demais.
A vida é o agora.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

É tudo Mentira!

Diz no meu horóscopo que o meu jeito despojada, intelectual, divertida, (porque aquariana é tudo isso) atrai os 'gatinhos'. Só se for os gatinhos de pelo. Porque, minhanossinhoraducéu, ô seca desgraçada. Faz tempo que não chove na minha horta. E nem precisa ser uma abundante chuva. Uma gotinha que seja só pra disfarçar. Tirar um pouquinho do pó. Sabe como é, né?! Mas, nem isso. Coitada de mim se acreditasse nesses horóscopos. Iria ficar me achando toda-toda e continuar sendo nada-nada.

Pra falar bem verdade, só se for o jeito despojada, mesmo, pra atrair algum 'gatinho'. Beleza que é bom, possou longe de mim. Beleza física, tá!? Até que me acho, um tantinho assim, inteligente. Bem pouca coisa também.

Tenho um cabelo que mais parece palha de milho de tão seco e amarelo. Perna e bunda são aquela gelatina de flacidez. Sem falar naqueles pneuzinhos, as famosas 'gordurinhas localizadas'. O nariz parece uma batata, o pé deformado. Cheios de calos os dedos tortos. Horror!

Nossa... Tava esquecendo o principal: os ÓCULOS. É, porque além de todo esse estrago natural, ainda tenho que usar óculos. Graças a Deus o meu problema ocular não é a miopia. Coitado de quem tem que usar aqueles óculos ''fundo de garrafa''. Eu tenho dó. Ô trem feio, sô!
 Pelo menos, não tenho mais que usar aparelho dental (até isso eu ja usei). Agora, imagina só, se eu tivesse que usar óculos e aparelho tudo ao mesmo tempo? Aí sim que não conseguiria 'gatinho' nenhum. Meus pêsames para quem tem que passar por isso. Mas, valeu a pena usar aqueles ferros todos na boca. Imagina se eu feia desse tanto e com os dentes todos tortos? Ao menos um sorriso bonito, pra salvar. 

 Acho que o melhor a fazer é me apegar com Santo Antônio. Se eu tiver fé, no Santo casamenteiro, quem sabe, Ele há de me ajudar, e eu saio dessa seca.

Ah... mas é isso mesmo que eu vou fazer. Vou agora mesmo comprar uma dúzia de maço de velas para acender pro meu Santo. E se alguém perguntar o porquê desse tanto de vela: -Quanto mais vela, ele, o Santo, vai pensar, maior a minha fé, uai.

E se Deus quis... ops! E se meu Santo Antônio quiser, eu, com toda essa feiura, saio dessa seca. Amém.