quinta-feira, 19 de maio de 2011

Solidão

Tão só neste mundo
Nem uma dose de uísque  me faz companhia
Nem um trago deste maldito cigarro
Que escarro agora me liberta da solidão.
Presa ao que não me pertence
Corrompida a essa vida
Eu não posso mais...

Carpe Diem

Mesmo que todos digam não
Eu irei.
Mesmo que o mundo tente me impedir
Eu o enfrentarei
Se as águas dos mares se voltarem contra mim,
Imerso em suas ondas,
Nadarei sem temor a suas forças.
A mesmice fastidiosa não infectará
Minha vida, tão perigosa.
Porque viver é isso...
Carpe Diem!

sábado, 14 de maio de 2011

O Meu Pássaro Encantado

Ontem eu me encontrei com dos amigos, um de cada vez. O Manuel e o Rubem. Adoro eles, são muito simpáticos. Tivemos longas prosas. E foi muito engraçado, porque os dois me falaram de pássaros. E fiquei com os pássaros na cabeça.
O Rubem me falou de um tal Pássaro Encantado. Cuja historia, acredito você já conheça, mas por prevenção, pois nunca se sabe em que estágio está sua falta de memória, relembro o que torna o pássaro a ser encantado. É a saudade, que sua amiga tem dele, que o torna encantado. Mas, não somente a saudade, também o poder de ser livre, de ir e vir quando quiser. Segundo meu amigo, Rubem, o Pássaro Encantado é o mais belos de todos os pássaros que ele conheceu, por suas longas e coloridas penas que ganham cores pelos lindos lugares por que passa e também por suas emocionantes histórias.
O Manuel me falou sobre a visão dos pássaros. Na verdade mesmo, ele falou de um amigo que conheceu no Mato Grosso, que por muitos anos vivendo no mato começou a enxergar as coisas tal como os pássaros enxergam “as coisas todas inominadas". Por fim, me deixou com uma frase belíssima: "São os pássaros que botam primavera nas palavras.”
Foi um dia muito proveitoso, ontem. Mas, sabe o que descobri na tentativa de associar o pássaro de um ao do outro? Que todos os pássaros, esses que vivem livres, longe das gaiolas e zoológicos, são encantados. O pássaro do Manuel tudo tem a ver com o Pássaro Encantado do Rubem, os olhos do pássaro do Manuel são os olhos do Pássaro Encantado do Rubem. As histórias, tão emocionantes, do Pássaro Encantado não são imaginárias, são relatos das paisagens por onde ele passou e suas belas e coloridas penas são a bagagem que ele tráz dos lugares onde esteve. Mas ele só se torna encantado por que sua amiga sente saudade dele e quem sente saudade é porque ama.
E sabe o que mais eu descobri? Que eu Tenho um Pássaro Encantado. E Adivinha...
Meu pássaro Encantado, Helena, é você!



Se você é meu amigo (a) e teve algum sentimento de raiva, ódio, ciúmes, decepção, triteza, alivio, alegria, quis me matar, me odiou por esse instante de leitura, simplesmente por descobrir que, não, você não é o meu (a) melhor amigo(a) e sim a pessoa referida nesse texto, não te peço desculpas, mas que compreenda... vocês são os melhores! Mas sempre há o melhor dos melhores! ;)

Monologando (2)

Depois que criei este blog nunca mais escrevi para você. Reparou? Esse ‘trem’ aqui exige muito de mim. Não sou nenhuma profissional do ramo. Nem nasci com o dom da escrita. Passo horas e até dias trabalhando em um texto. Leio, releio, tresleio... E sempre acho alguma coisa a mais ali, a menos aqui, uma vírgula perdida, um acento ex-existente. Até que desisto e posto do jeitinho que está. Assim, meio torto, com a minha cara. Esse tipo coisa me toma muito a atenção e esqueço, ou melhor, esqueci-me de enviar seus e-mails.
Nesses últimos dias, pensei muito em você. Estava me lembrando das nossas caminhadas. Tenho saudosas lembranças daquelas caminhadas de fim de tardes.
Não somente das caminhadas. Sinto falta do seu café e uns dois dedos de prosa, aquele doce de mamão que ninguém faz igual, as torradinhas apimentadas... hmmmm!!!! Chega dar água na boca. Além das caminhadas e dons culinários, sinto falta de estar aí, de compartilhar momentos, de ter alguém próximo para trocar uma ideia. Às vezes me sinto tão perdida aqui. Sábio foi quem disse que “solidão não é estar só. Mas, sentir-se só no meio da multidão”.
É difícil morar num lugar onde não se tem amigos. Colegas, tudo bem, eu tenho sim. Mas, quem é que não tem? Em todo lugar encontramos colegas, de trabalho, de baladas, de estudo, de grupos sociais, etc, etc, etc. Mas, amigos mesmo? Raros. Por isso sinto tanta falta de você aqui. Minha Best friend.
A saudade já começa a apertar aqui, e o coração já bate em disritmia. Só faltam as lágrimas para compor este samba.  Acho que é hora de me despedir...
Então...
Inté!

Como Acontece?

Bons amigos. Boas amizades. Como considerá-los?
Pessoas que surgem do nada em nossas vidas, que com um tempo não sabemos mais como viver sem eles. Como acontece, como surge uma amizade entre dois seres? Ou três. Quatro. Sei lá quantos!
Amigos, meus amigos, nos dão forças, conselhos, nos empresta um ombro, quando precisamos chorar, é com eles que compartilhamos nossas tristezas e alegrias. Amigo é aquele que sempre está do nosso lado, aquele com quem verdadeiramente podemos contar.
Amizade surge a partir do momento em que confiamos no próximo, naquele, que se alguma forma, se fez presente quando precisamos. O amigo é aquele que não te abandona em meio uma guerra, ao contrário, entra nela com você pra vencer. Amigo é pra rir, chorar, abraçar, caminhar, beber, comer, contar piada (até mesmo as piadas sem graça).
Não sei como seria minha vida sem meus amigos. São eles que acendem a luz no fim do meu túnel, que dão cor e vida aos meus dias escuros. Que me fazem acreditar que o amanhã será bem melhor e se não for, eles estarão juntos comigo mais uma vez.
Eu sei que posso contar com eles assim como eles sabem que podem contar comigo. Sinônimo de Amizade deveria ser reciprocidade.

É um Absurdo!

Estava lendo uma revista VEJA de 2005. O mês não me lembro. Mas, só falava em pedofilia. Millôr relatava em uma crônica, que a pedofilia estava no seu auge, “como a caça às bruxas no passado, a caça à pedofilia é o esporte da vez." Quisesse Deus, que a caça aos pedófilos, fosse séria mesmo.
É um absurdo o que se vê, o que se lê nos jornais. Todos os dias, se fala em estupro de menores, em crianças violentas, crianças molestadas. Será que há alguma solução para isso? Não se pode confiar em mais ninguém. Não se pode confiar em policiais, em juízes, em padres, pastores. Muitos, coitados, não podem confiar nem em seus pais e maridos. Como posso pensar em me casar? Será que meu marido será um homem de boa índole? Como saber disso?Como posso pensar em ter filhos?
Não me sinto segura nas ruas, na escola, não se tem segurança em lugar nenhum. Me sinto maisconfortável em minha casa. Mas, como posso ter certeza que estou segura? Com a violência crescendo como a tecnologia, posso ser assaltada a qualquer minuto. E olha que para isso não é nem preciso que entre em casa, basta que invadam minha rede. Como conviver com esse avanço da violência-tecnológica?
Não posso me casar porque não confio nos homens. E não é essa confiança de ser uma mulher traída. Não, é a desconfiança de não saber se ele vai me violentar. Não posso ter filhos, porque não confio nos homens. A não ser que eu faça uma inseminação artificial. E se, por acaso, meu filho perguntar o por quê dessa minha escolha, digo sem medo algum: foi por medo, meu filho. E por amor a você.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Desilusão

Naquele pôr-do-sol,
Seus olhos brilharam
Cor de mel.
Os meus afogaram
Sob o Mar.
Sob o brilho da Estrelas,
Seus olhos ofuscaram
Minha visão.
Os meus se perderam
Na escuridão.
Na alvorada celeste,
Meus olhos
Afogados e perdidos
Não se abriram .
E os seus,
Em busca dos meus,
Desiludiram.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pelo Avesso Me Sinto

Com a cabeça no chão e os pés no ar.
Pisando falso e quebrando os pensamentos em duras pedras.


.otnis em ue osseva oleP

Toda Classificada

Fico indignada com a desigualdade social. E acredito não ser a única, que muitas pessoas têm a mesma indignação. Quando começo a pensar na desigualdade, a observar de fato, começo pelo meu meio de convivência. Para demonstrar a minha revolta de um jeito bem revoltoso, é foda pra caralho essa desigualdade. Desculpe-me o vocabulário vulgar ou inadequado, mas para mim é mais que adequado na situação.
Fico revoltada com a mordomia de uns e a dificuldade de outros. Enquanto a maioria da população universal rala pra caralho para conseguir alguma coisa, um tantinho de nada, uma porcentagem minúscula não faz nem sequer um esforcinho e tem tudo o que quer. É ou não é pra deixar qualquer ser humano, que trabalha a vida toda e mal consegue comprar uma casa pra chamar de Sua, revoltado? Aí, vem o governo, mãe do povo brasileiro, e doa casas à população mais necessitada.
No último governo, o Brasil cresceu muito na questão das divisões de classes sociais. Cresceram-se as divisões. O que antes era Classe Alta, Classe Média, Classe Baixa, agora é Classe Alta (o topo da lista, os top dos top), Classe Média Alta (quem tem casa própria, carro próprio e filhos em escola particular), Classe Média Média (tem carro próprio ou casa própria), Classe Média Baixa (quem ganha salário mínimo e tem benefícios do governo: bolsa alimentação, bolsa escola, bolsa família, vale gás, vale transporte, vale vida na sociedade). Aí tem a Classe Baixa Alta, Classe Baixa Média, Classe Baixa Baixa e os desclassificados (não obtiveram nota suficiente no ENEM). Mas logo, logo arranjam uma classe para esses que ficarão felizes.
É ridículo isso! Que porra é essa de Classe Média Alta ou Baixa? Se é média, é media. Não média mais que média ou menos que média. É média! Essas divisões é pra quê?  Para demonstrar que o país está evoluído, que a desigualdade está diminuindo? (que, na minha opinião, mostra o contrário). Ou apenas para continuar enganando está sociedade classificada, rotulada, nomeada?
É fato que houve evoluções e melhorias foram feitas, e o povo ainda reclama, critica, e deseja que mais seja feito, e tão pouco deixará de ser. E que a sociedade sempre estará insatisfeita e cada vez mais classificada.
E mesmo assim, com todas essas classificações, evoluções, melhorias, criticas, indignações, revoltas, haverá desigualdade nesse mundo, nesse país, nessa cidade, nessa rua, nessa escola, nessa família.
O jeito é pegar toda essa minha revolta e enfiar no papel, com palavras bem vulgares que expressam um pouco do que sinto.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sonhar... não faz mal!

Meu sonho era me casar vestida de noiva. Um lindo vestido branco, com véu, grinalda e uma longa calda. E no altar, há me esperar, meu príncipe encatado. Nem precisava ser encantado, mas fosse o meu príncipe, que tivesse tivesse encantado a mim. 

Meu sonho era entrar na igreja vestida de noiva e tudo que tivesse direito, e na hora do ''fale agora ou cale-se para sempre'', o grande amor da minha vida invadisse a igreja, e me impedisse de cometer tamanha loucura, e me jurasse amor eterno, e eu seria só dele e ele seria só meu.

Meu sonho era ser atriz. Atriz de Hollywood. Ser uma diva, pisa o tapete vermelho da festa do Oscar, e ganhar o Oscar. Ter meu nome na calçada da fama. Casar com Brad Pitt. Mas umazinha aí, chamada Angelina Jolie, roubou meu lugar (sou tão diva quanto ela). Paciência. 

Sonhava em ser astronauta. Queria conhecer a Via Láctea, pisar a Lua. Estar na Lua. Ver as estrelas bem de perto. Ser estrela com elas. Mas não brilho tanto assim.

Sonhava em ser médica. Queria salvar vidas. Mas não sou Deus, e morreria de frustação se perdesse uma vida. Incompetente, eu me sentiria. Nem vocação, nem dom para este sonho. 

Sonhava em ser cantora... Prefiro não comentar este sonho. 

Meu sonho agora é ser mochileira ( e daí que você acha ridículo e sem futuro? O sonho é meu, não seu.). 
Sair por aí sem destino certo. Conhecer lugares jamais vistos por outrem. Conhecer o meu lugar. Sentir-me livre. Livre das indagações da vida, das pessoas, de tudo e todos. Somente eu e eu mesma, e as paisagens, e o momento, e as lembranças, e a saudade, e o silêncio, e o vento, e a chuva, e o sol, e o frio, e o calor, e mais ninguém. 

Não ter que dar satisfações. Viver minha vida, bem do meu jeitinho, despojada, sem cobranças, sem atrasos. Afinal, para que relógio se o tempo sou eu que faço e o momento sou eu quem vivo? Será que é tão difícil de entender, uma coisa tão simples de se querer? 

Liberdade é o que eu preciso!