quarta-feira, 4 de maio de 2011

Toda Classificada

Fico indignada com a desigualdade social. E acredito não ser a única, que muitas pessoas têm a mesma indignação. Quando começo a pensar na desigualdade, a observar de fato, começo pelo meu meio de convivência. Para demonstrar a minha revolta de um jeito bem revoltoso, é foda pra caralho essa desigualdade. Desculpe-me o vocabulário vulgar ou inadequado, mas para mim é mais que adequado na situação.
Fico revoltada com a mordomia de uns e a dificuldade de outros. Enquanto a maioria da população universal rala pra caralho para conseguir alguma coisa, um tantinho de nada, uma porcentagem minúscula não faz nem sequer um esforcinho e tem tudo o que quer. É ou não é pra deixar qualquer ser humano, que trabalha a vida toda e mal consegue comprar uma casa pra chamar de Sua, revoltado? Aí, vem o governo, mãe do povo brasileiro, e doa casas à população mais necessitada.
No último governo, o Brasil cresceu muito na questão das divisões de classes sociais. Cresceram-se as divisões. O que antes era Classe Alta, Classe Média, Classe Baixa, agora é Classe Alta (o topo da lista, os top dos top), Classe Média Alta (quem tem casa própria, carro próprio e filhos em escola particular), Classe Média Média (tem carro próprio ou casa própria), Classe Média Baixa (quem ganha salário mínimo e tem benefícios do governo: bolsa alimentação, bolsa escola, bolsa família, vale gás, vale transporte, vale vida na sociedade). Aí tem a Classe Baixa Alta, Classe Baixa Média, Classe Baixa Baixa e os desclassificados (não obtiveram nota suficiente no ENEM). Mas logo, logo arranjam uma classe para esses que ficarão felizes.
É ridículo isso! Que porra é essa de Classe Média Alta ou Baixa? Se é média, é media. Não média mais que média ou menos que média. É média! Essas divisões é pra quê?  Para demonstrar que o país está evoluído, que a desigualdade está diminuindo? (que, na minha opinião, mostra o contrário). Ou apenas para continuar enganando está sociedade classificada, rotulada, nomeada?
É fato que houve evoluções e melhorias foram feitas, e o povo ainda reclama, critica, e deseja que mais seja feito, e tão pouco deixará de ser. E que a sociedade sempre estará insatisfeita e cada vez mais classificada.
E mesmo assim, com todas essas classificações, evoluções, melhorias, criticas, indignações, revoltas, haverá desigualdade nesse mundo, nesse país, nessa cidade, nessa rua, nessa escola, nessa família.
O jeito é pegar toda essa minha revolta e enfiar no papel, com palavras bem vulgares que expressam um pouco do que sinto.

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