segunda-feira, 25 de abril de 2011

Reminiscência

Um momento, vária recordações. Fecho os olhos e posso ver. Quando os abro, lembro-me. Nem tudo. Mas, nem tão pouco.

re.mi.nis.cên.cia: o que se conserva na memória, recordação; lembrança vaga.
Passado nem tão distante, que a cada dia se distancia mais e mais e mais... Não posso voltar, mesmo que eu queria, o tempo, que nos envolve tanto, não permite.

O que ele quer de mim? Sequência.

O que eu tenho dele? Saudade.
 
Às vezes, ouço as pessoas dizerem: "Fulano parou no tempo." Há varias interpretações para este termo. Mas, eu, quando criança, achava que "parar no tempo" seria nunca envelhecer. Como eu queria parar no tempo. No tempo da minha infância: brincar na rua, banho de chuva, correr na enxurrada, pisar na lama... Fazer tudo isso, sem vergonha. As férias sempre na casa da avó, comer bolo, sorvete, doces, sem ter que me preocupar com a 'balança', bolinhos de chuva em dias chuvosos, ouvir histórias de lobisomem em noite de lua cheia. Correr pela casa derrubando tudo. Que delícia. Ficar horas e horas em baixo do chuveiro brincando com xampu e quando sair ouvir a mãe dizer: ''todo esse tempo no banheiro e você ainda me sai todo sujo?''

Melhor tempo de nossas vidas. Onde tudo é bom. Tudo é novidade. Só festa, fantasia, imaginação. Um mundo colorido, sem maldade. A vida com cheiro de inocência. Pureza.

Como seria bom não envelhecer. Mas, como não envelhecer? (Só se existisse a fonte da juventude.)
Criança é anjo na Terra. Só não podemos deixar esses anjos se transformarem em monstros. E futuro delas depende de nós.

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