Por onde é que eu poderia começar? Pelo começo? Mas não
seria essa uma resposta meio óbvia ? E o óbvio, o certo, nunca me encantou. Começar,
então. Não sei ao certo o que é que quero dizer. Se é que quero. Espera aí...
Talvez queira sim... Será? Não, não sei se devo. Às vezes pode ser dito, outras
não. Não sei o que espera de mim, se é que espera alguma coisa. Creio fielmente
que não espera nada. Eu esperei. O tempo não foi suficiente e continuo
esperando. Já ando com medo. Será que posso falar? Eu não sei. É difícil essa
decisão. Ah, não. Não olhe para mim com esses seus olhos, isso já é covardia.
Eu sei, eu sei... Você não é Capitu. Mas esses seus olhos de ressaca me
hipnotizam e estou prestes a dizer aquilo que não devo. Ou Devo? Oh, mas é
claro que não. Você ainda não está preparada para tal revelação. Digo ou não
digo? Eis a questão. Sabe, é melhor você esperar mais um pouquinho. Vai ser
melhor assim, acredite. Talvez até já saiba e finge não saber esperando que eu
conte aquilo que não sei de devo contar acreditando que seja melhor guardar em
segredo até o momento adequado que não é este, mas que poderia ser se eu não
fosse tão indecisa. Não! Está decidido que não vou falar nada. Sei da sua
curiosidade. Mas nada posso fazer para te ajudar. Minha decisão está tomada. E
de tanto que tomei já me embriaguei. Ficarei por aqui mesmo, pois embriagada
como estou não posso seguir nessa prosa. Vou estacionando. E estacionada aqui
ficarei até achar doses de coragem para, quem sabe, no próximo porre seguir e
rasgar o verbo.
Sempre achei que poesia fosse uma espécie de texto-poema pela metade. Coisa que não necessita de meias-voltas e explicações. Ela termina no meio já dado como fim. E te arrebenta. Por ser tão violenta como uma tempestade, que chega sem avisar e passa levando tudo, deixando apenas os estragos para que você possa lembrar que a força não está no tempo, mas na intensidade com que passa.
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Por onde é que eu poderia começar? Pelo começo? Mas não
seria essa uma resposta meio óbvia ? E o óbvio, o certo, nunca me encantou. Começar,
então. Não sei ao certo o que é que quero dizer. Se é que quero. Espera aí...
Talvez queira sim... Será? Não, não sei se devo. Às vezes pode ser dito, outras
não. Não sei o que espera de mim, se é que espera alguma coisa. Creio fielmente
que não espera nada. Eu esperei. O tempo não foi suficiente e continuo
esperando. Já ando com medo. Será que posso falar? Eu não sei. É difícil essa
decisão. Ah, não. Não olhe para mim com esses seus olhos, isso já é covardia.
Eu sei, eu sei... Você não é Capitu. Mas esses seus olhos de ressaca me
hipnotizam e estou prestes a dizer aquilo que não devo. Ou Devo? Oh, mas é
claro que não. Você ainda não está preparada para tal revelação. Digo ou não
digo? Eis a questão. Sabe, é melhor você esperar mais um pouquinho. Vai ser
melhor assim, acredite. Talvez até já saiba e finge não saber esperando que eu
conte aquilo que não sei de devo contar acreditando que seja melhor guardar em
segredo até o momento adequado que não é este, mas que poderia ser se eu não
fosse tão indecisa. Não! Está decidido que não vou falar nada. Sei da sua
curiosidade. Mas nada posso fazer para te ajudar. Minha decisão está tomada. E
de tanto que tomei já me embriaguei. Ficarei por aqui mesmo, pois embriagada
como estou não posso seguir nessa prosa. Vou estacionando. E estacionada aqui
ficarei até achar doses de coragem para, quem sabe, no próximo porre seguir e
rasgar o verbo.
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